Fogo...

Sou fogo que arde.
Puro fogo.
Continuo queimando...
Tenho muitas imagens, vozes e sombras
Também fogo em meu coração, em minhas mãos
Em minha boca.
Minha casa estava em ordem
Todos os móveis arrumados e as coisas antigas limpas
Do meu coração e pensamento
Um vendaval de poeira...
E tudo sujo outra vez. Limpai- vos, Carla!
Liberto- me de velhas sombras que não estão mais lá.
Nem aqui, dentro de mim, do meu coração.
As coisas muito grandes só podem ser vistas à distância.
Serena e com as angústias de sempre.
Calma e alegre como de sempre.
Não posso saber pontualmente qual é a fronteira entre a dor e o prazer;
Tantas vezes penso que é impossível separá-los

Alrac Ramya, 2005

1 comentários:

Unknown disse...

Belo texto bela amiga!!! Intenso como vc é. Traduz muito sua têmpera. Fico feliz em ler e saber que vc está externando tão bem o que sente. Continue.. vc tem boa "pena"!

Grande beijo

George

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