Você é Importante para mim e eu para você
Por Carla Aymar
Por mais que você tenha uma atuação ou se sinta isolada, já que sai solitariamente de casa para o trabalho ou vice-versa, sentindo o peso da responsabilidade no cargo, jamais deve sentir-se sozinha. Este cenário não acontece somente com os líderes, reforçando a máxima de que “o poder é solitário”. Acontece com todo mundo. Hoje, os consultórios psicológicos estão repletos de solidão a dois. Mesmo as pessoas em contato com pessoas, no meio de tantas outras, ainda se sente só. Este cenário está no mundo corporativo e nas casas, nas famílias e na sociedade. Vivemos num condomínio e não conhecemos nossos vizinhos.
No mundo corporativo, não devemos nos esquecer do que há por trás dele: uma equipe de suporte que faz tudo acontecer, desde a telefonista que atende com educação e transfere a ligação para os departamentos corretos, por exemplo, aos corpos administrativos, de logística, financeiro e de pós-venda.
Vou citar um exemplo prático: “Algumas empresas apenas se preocupam com a remuneração variável do vendedor, esquecendo-se de todo esse suporte e de que se esse time não atuar de forma sinérgica e com qualidade, nada acontecerá. Há uma interdependência entre as equipes, e é necessário investir nela. Aliás, interdependência é um dos termos mais usados no mundo corporativo”. É como na música “Eu não existo sem você”, de Tom e Vinícius:
“... Assim como uma nuvem, só acontece se chover.
Assim como o poeta, só é grande se sofrer.
Assim como viver, sem ter amor não é viver.
Não há você sem mim, eu não existo sem você.”
A arte do relacionamento é, em grande parte, a habilidade de reconhecer e considerar sentimentos à importância do outro, favorecendo ambas as partes. Esta habilidade é a base para sustentar a popularidade, liderança e eficiência interpessoal. Pessoas com esta habilidade são mais eficazes e mais criativas. Trata-se de uma das habilidades mais essenciais para sobreviver nos grupos de trabalho e na liderança. Este cenário favorece a iniciativa, o comprometimento, a criatividade e a inovação. E na sua casa, há este cenário? Há sinergia entre o casal, com os filhos e entre eles? Será que os ensinamentos empresariais não nos ajudam como pessoa acima de tudo?
Assim sendo, a vida é negociar, o nosso papel é o de prevenir e resolver conflitos. A nossa principal característica é a diplomacia, assim como buscar uma resposta que satisfaça ambas as partes ou um grupo de interessados.
Para o nosso sucesso pessoal e profissional, teremos de ser muito flexíveis para conseguir trabalhar em equipe e relacionar-se, devemos - com freqüência - reservar algum tempo para tentar compreender profundamente os nossos problemas, acertos e erros pessoais, assim como problemas que surgem, e sair criando soluções. Para isso, devemos escutar a nós mesmos e as pessoas à nossa volta. Isto evitará a recair num erro grave na criação de soluções, ou no relacionamento, por não estar comprometido com a equipe e ela conosco, conseqüentemente sentimo-nos solitários. Em alguns casos, quando lideramos equipes, sentimo-nos sozinhos, solitários, mas isso acontece quando não conseguimos compartilhar nossas idéias.
Uma dica fundamental: Escute o outro, ele sempre terá opiniões e percepções que poderão ser úteis a você. Escute mais e, a partir daí, argumente e crie, por isso é que se têm dois ouvidos e uma só boca. A combinação uniforme dos ingredientes faz com que uma receita seja criativa, diferente e aceita por todos.
Divida suas preocupações, necessidades e formas de pensamento e, dessa forma, perceberá a diferença imediatamente.
Outro dia, estava em uma grande corporação, preparando os Gerentes e aconteceu uma cena que vou compartilhar com vocês.
“ O Diretor, uma pessoa de forte personalidade e muito envolvido no trabalho, e, por vezes, na tarefa de seus colaboradores, agindo muito em função das mudanças que a empresa está passando e, por outras vezes, filtrando informações,com o objetivo de poupar seus Gerentes. Durante um determinado momento do treinamento, envolvi o grupo para soluções de problemas da própria organização. Esse Diretor expressou abertamente o cenário da empresa, suas preocupações e suas ‘inseguranças’. Foi impressionante a mudança de comportamento dos seus Gerentes na busca de soluções e na intenção de acolhê-lo diante das preocupações apresentadas. Muito interessante como o grupo reconheceu ( o que já sabiam), porém não era expresso pelo seu superior e, rapidamente, abraçaram a causa como se fosse do grupo.
Antes do acontecido em reunião com ele, o Diretor manifestou sua preocupação e o sentimento de solidão na direção da organização.
Isso reforça a minha idéia de que precisamos da sua voz, das suas idéias, como você também precisa da nossa.
Blog Archive
-
▼
2011
(10)
- ► 07/03 - 07/10 (1)
- ► 06/26 - 07/03 (1)
- ► 06/05 - 06/12 (3)
- ► 05/29 - 06/05 (1)
- ► 03/13 - 03/20 (1)
- ► 01/09 - 01/16 (1)
-
►
2010
(96)
- ► 11/07 - 11/14 (1)
- ► 10/10 - 10/17 (2)
- ► 09/05 - 09/12 (2)
- ► 08/29 - 09/05 (2)
- ► 08/22 - 08/29 (5)
- ► 08/08 - 08/15 (2)
- ► 08/01 - 08/08 (3)
- ► 07/25 - 08/01 (5)
- ► 07/18 - 07/25 (2)
- ► 07/11 - 07/18 (2)
- ► 06/27 - 07/04 (3)
- ► 06/20 - 06/27 (2)
- ► 06/13 - 06/20 (2)
- ► 06/06 - 06/13 (20)
- ► 05/30 - 06/06 (10)
- ► 05/23 - 05/30 (5)
- ► 05/16 - 05/23 (2)
- ► 05/09 - 05/16 (5)
- ► 05/02 - 05/09 (6)
- ► 04/25 - 05/02 (2)
- ► 04/18 - 04/25 (3)
- ► 04/11 - 04/18 (1)
- ► 04/04 - 04/11 (6)
- ► 03/28 - 04/04 (3)
Labels
- 2007 (1)
- Alrac Ramya (3)
- Carla Aymar (14)
- Crédito Desenho: Giulliare (1)
- Crédito Imagem: Carla Aymar (6)
- Crédito imagem: César Portela (2)
- Por Carla Aymar (5)
- Quincy Market Boston (1)