Simplesmente delicioso...

 
 
Bastante apreciada desde 1832, quando o mestre doceiro Franz Sacher desenvolveu a receita na Áustria, a torta é recheada com geléia de damasco e tem uma massa especial de chocolate, a típica massa Sacher. Conta a história que a receita foi criada para um banquete oferecido em 1832 pelo príncipe Klemens Wenzel Lothar Metternich, artífice da Santa Aliança, organização multinacional instalada para impedir qualquer revolta nacionalista e liberal na Europa. Em Viena, a torta é conhecida pelo hotel que leva o mesmo nome.

É noite...

Minha vida flui para sua boca como naturalmente o leite morno escorrendo farto do seio da mãe
Uma brisa sopra em meu coração
Um grande coração
Deixo- me guiar pelo sopro
E converso com o céu
É noite...

Alrac Ramya, 2010

No cerne do meu afeto...

Nas intersecções dos pólos
Onde o diálogo se faz...


Alrac Ramya, 2010

Eu me acompanho

Nesta existência me chamo Carla. Abro um sorriso e fecho a porta. Suspendo as saias e abaixo as calças. Aprofundo meus decotes e passo a mão. Meto os peitos e a cara, "desempino o nariz e lambo sem vergonha". Mordo com delicadeza e agarro com força. Cutuco sem medo e arranho de leve. Pego no pé e faço cócegas. Pego de jeito e mexo direito. Chacoalho, brinco e torno a pegar. Devo gostar de perder meu tempo com você. Repito sem cansar a falta que você não faz. Descanso, suspiro, retomo, aprendo, esqueço e aqueço. Arejo e deixo- me abandonar. Disponibilizo, entrego, esfrego e babo de desejo, de sede, de fome e mando as crianças embora. Ofereço vinho, faço mais crianças e comemos queijos...

Alrac Ramya, 2010.

O Avesso dos Ponteiros

Sempre chega a hora da solidão 
Sempre chega a hora de arrumar o armário 
Sempre chega a hora do poeta a plêiade 
Sempre chega a hora em que o camelo tem sede 
O tempo passa e engraxa a gastura do sapato 
E Na pressa a gente nem nota que a 
Lua muda de formato 
Pessoas passam por mim pra pegar o metrô 
E Confundo a vida ser um longa-metragem 
O diretor segue seu destino de cortar as cenas 
E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos 
já não vai mais ao cinema 
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você 
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você 
Penso quando você partiu assim sem olhar pra trás 
Como um navio que vai ao longe e já nem se lembra do cais 
Os carros na minha frente vão indo e eu nunca sei pra onde 
Será que é lá que você se esconde? 
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você 
Tudo passa e eu ainda ando pensando em você 
A idade aponta na falha dos cabelos 
Outro mês aponta na folha do calendário 
As senhoras vão trocando o vestuário 
As meninas viram a página do diário 
O tempo faz tudo valer a pena 
E nem o erro é desperdício 
Tudo cresce e o início 
Deixa de ser início 
E vai chegando ao meio 
Aí começo a pensar que nada tem fim 
Que nada tem fim 

Ana Carolina e suas boas verdades...