O "inventivo" Guimarães Rosa

Fabiano- Sinhá Vitória- Baleia e os meninos
Vagando pelo sertão e tangido pela seca, para o alívio do sofrimento: só a morte.
"A carga alançou os quartos traseiros e inutilizou uma perna de Baleia(...). E, perdendo muito sangue, andou como gente, em dois pés, arrastando com dificuldade a parte posterior do corpo(...). Uma sede horrível queimava- lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um nevoeiro impedia-lhe a visão(...). Uma angústia apertou- lhe o pequeno coração."
Vida real condensada em narrativa fictícia.
A compaixão como nossa condição para um fim maior.
O mundo de Baleia é agonizante e primitivo feito só de sentidos e sensações.
Só o de Baleia? Alguma semelhança com o contemporâneo?
Não que eu esteja comparando o homem ao cão; bem verdade, hominizo o cão.
As vozes do silêncio continuam...
As dores humanas também.
Os monstros morais vivem em vigília.
Nos arrastamos, como Baleia, vida afora, em busca do perdão.
"Todo homem mata aquilo que ama", Oscar Wilde.

De boa...

Faça hoje e faça já:
De boa,
visite uma pessoa sábia depois crie um espaço sagrado para realizar seu próprio ritual e não faça nada! Tente não fazer nada, absolutamente nada. Só respirar...
No outro dia visite um psicoterapeuta e divirta- se.
Entregue- se a cada frase, momento e luas.
Faça alguma coisa, que seja, procurar um oráculo ou abrir um livro ao acaso e ler o que acontece.
Deixe que os anjos escrevam através de você.
Faça hoje e faça já:
De boa.

Alrac Ramya, 2004

Por César Portela

"Ao lado de Dante, assistindo àquele cenário. Só a janela com o seu chão de nuvens para me confortar..." César Portela

Abraços...

Poética do encontro humano: o abraço
O sensível diante da existência
Viver, Amar, Criar
Sentir o movimento
Nossos braços ao encontro do abraço

Alrac Ramya, 2006

Processo Consciente...

Estamos mergulhados no mistério e exatamente por este que a vida torna- se possível, mesmo quando não a entendemos.