Photo grafia

Em todas as culturas e nações se produzem imagens e, ao que parece as imagens nos acompanham desde a mais remota antiguidade.


Paisagens outonais ou furacões podem sem dúvida ser sugeridos pela realidade e nitidez da foto, ainda assim estão muito longe de construir seu significado principal, mesmo no caso da foto mais descritiva.

O discurso fotográfico não pode, nunca, estar limitado à linguagem técnica, mesmo sendo útil e necessária a pedagogia da foto (grafia), o pretendido (o que pretende- se) é aproximar- nos da sua essência. A imagem- foto (grafia) por excelência é como a "música pura", e esta, por sua vez, é uma ordenação de sons que obedece a algum critério matemático oculto, algum complexo cânone de beleza que é percebido pelo ouvido, assim como percebemos a imagem por nossos olhos.

Falar e mostrar fotografia implica afirmar que esta não só expressa algo como também. além de refletir prazer, dor e os vários estados de mente cotidiana, serve de veículo à expressão de vivências.


Photo grafia, como antigamente...

Alrac Ramya, 2009

Sem Preparo

"Quanto mais penso


mais tenho convicção!

O sofrimento está

além do nosso poder

de decisão

de um jeito

ou de outro

o sentimento de sofrer


existirá

A crença que vem

de minha alma

faz diminuir

meu sentimento de culpa

creio injusto

assumir uma responsabilidade

tão séria

sem preparo

sem saber

sem emoção..."

Alrac Ramya, 1993

Cartas...

Prefiro a incerteza de um caminho que nasce quando piso...


Foi assim que pensei em você e me inspirei escrevendo esse artigo.

Sabe, meu anjo, todos os dias nossos conceitos devem ser revisitados e revistos com cuidado. Estou aprendendo muita coisa legal com você.

Mesmo...

Obrigada, fofinho. O que já senti faz valer o tempo que apostei para conhecê-lo melhor. O amor precisa ser redimensionado em frações de amor, feitas de afinidade, desejo e atração entre duas pessoas. Nossos momentos me fizeram viver uma fração do amor completo porque consegui me soltar ainda que lentamente. Vivi algumas vidas dentro da minha própria vida nos nossos encontros. Eu já aprendi um monte de coisa e sei que preciso melhorar muitas outras...

Perseguir o ótimo é insano. O melhor é fazer o bom ser ótimo. E se é bom, está ótimo.

Estou feliz com sua visita ao meu universo particular.

Toque final. Vou deixar registrado meu texto para dividir pensamentos, divagações, aspirações e talvez incoerências do viver...



" Certa vez, me perguntaram o que é a chuva...

E, eu respondi: é a água descendo das nuvens para molhar as plantas, encher os rios e limpar o ar.

...

Houve insistência: mas, o que é a chuva ?

...

E, eu disse: - eu não sei! Eu não sei o que é a chuva. Sei que molha meu rosto e as roupas, o cabelo e as mãos; sei que sacia e faz brotar, mas também inunda, arrasta e destrói. Eu sei como as coisas se mostram para mim, sei as cores que têm e o cheiro, vejo o jogo das formas, o balanço e o ritmo.

Acho possível avaliar o ritmo das coisas e das pessoas, a cadência.

Que música tocam quando pisam o chão, que se estende sob seus pés como um piano. Eu acho que posso ouvir a música dos gestos das pessoas, mas não o que elas são.

...

Perguntaram- me, ainda, sobre o valor da vida: qual o sentido da vida, qual a razão de existir...

E, não tive como responder sem fazer outro questionamento não tão importante mas imprescindível: você precisa mesmo de uma razão para existir ? Não poderia existir sem razão...

E, caso a vida tenha mesmo um sentido, você iria querer saber qual é ?

Saber não é circunscrever, contornar, fixar ?

Pra que te serviria fixar uma finalidade ou um valor pra vida ?

Pra que reduzir essa diversidade, essa imensidão a uma unidade, a um sentido, pelo simples prazer de dirigir, controlar ?

Se eu pudesse controlar a vida, não controlaria, deixaria que fluísse em seu curso imprevisível e alegre. Porque instiga e os abismos são pedras a nos fazer acordar.

Se viver tiver um sentido, eu, certamente, não quero saber qual é. Prefiro a incerteza de um caminho que nasce quando piso, como um rio que rasga o chão para fazer seu leito, do que a garantia das coisas certas, se pudesse haver alguma...

Porque não há certeza. Não há!

Quando há foi alguém que inventou e vende caro. Certezas são coisas que custam caro. E podemos viver sem isso.

Podemos aprender a andar na corda bamba. Podemos aprender a dançar, e fazer pirueta e palhaçada.

E tudo isso de graça.

Ainda bem que a vida não tem só um sentido...

Ainda bem, porque podemos assim viver mais coisas, poder brincar!

...

Você quer saber o que é a chuva ?

A chuva é um rio pontilhado que nasce nas nuvens e deságua na gente.

A chuva é quando o céu chora ou ri!

A vida é tudo isso..."



Claro, que seu propósito é psicológico.rsrsrs. Não sei fazer diferente!!! Ainda assim, de grande valia e importância para a comunidade afim.



Bjo carinhoso dentro do seu coração.

2009

Mentiras

"Há mentiras que se dizem


ser mentiras

pelo simples fato de não serem

verdades;

Há mentiras que se dizem

ser mentira,

pelo simples fato de temerem

a verdade;

Ôpa! Será a verdade que teme a

um indivíduo?...

Pelo real sentido que consentem?...

Talvez!

São itinerantes!!!"

Alrac Ramya, 1993

Quando o céu é o limite...

Não há limites quando o céu é o dispositivo...

Lápis...

Bem...
Que adoro escrever e ler, muitos já sabem.
conhecem outras manias tipo ouvir música, dançar e andar na praia todos os dias- acho que isso é novidade.
Também assisto filmes, muitos... Os bons & os ruins.
Amo música clássica e amo tudo que tem cheiro. Uso incansavelmente hidratantes e óleos corporais.
Tenho mania de sabonete e lápis de escrever. Lápis! Odeio os "grafites".
Amo os lápis!
Sinto por você não ter dado o abraço que prometeu, por esquecimento ou falta de merecimento. Ainda sinto falta do seu abraço, dos seus braços abraçados.
Eu quero as coisas boas que aprendi com o tempo no meu tempo.
Eu quero também a verdade, a sua verdade para se encaixar com a minha verdade.
Porque se não vai me ensinar a viver feliz ao seu lado, me ensina a viver sem você!
Sem abraços, sem momentos, sem papos, sem olho no olho.
Sem você.