Meias...

As meias cumprem um papel social sempre confortando e protegendo os sujeitos do absoluto ou do nada. Ou ainda, não exercendo nada! Não é preciso muito para se ter e ser meias. Em muitos casos envolver nossos pés em delicado algodão e maciez é o sentido para nossa caminhada.
Para muitos, usar meias irrita.
Para muitos, usar meias certifica.
No tempo das meias velhas a situação torna- se problema. As "bocas" são frouxas. Dependendo do lirismo inspiram ou revoltam.
Cheia de sonhos, vislumbro meias apertadinhas.
Meias que permitam momentos de felicidade, ao menos, paz no coração e meias bonitas como nas embalagens para me divertir.
A vida é um emaranhado de sensações infrutíferas e liquidações.
Olhando uma meia nova no plástico ou outra pendurada em varal a uma distância razoável, nota- se um tênue contorno de costura reforçada e graciosa.
Chamamos de calcanhar de meia. Quem poderá dizer que ele não funciona?
Quem poderá dizer que o talvez não resolve?
Esse tal bem-dito ou mal-dito talvez...
Quastão de mira ou malandragem sempre que coloco minhas meias, o calcanhar nunca fica onde deve.
A vida é mesmo cruel!
A cada dois passos tenho que me apoiar para arrumar minhas meias.
Já fiz muitas amizades assim.
Lú, Cidoca, Alê...
É a técnica do puxa- estica-e- vai.
Procuro a ponta da "boca" da minha meia e puxo. Estou indo.
Volto a caminhar. De uma só vez e sem medo.
Não desequilibro e pronto. Ponto.
Depois começa tudo de novo...
A vida é impiedosa para os inaptos às meias. Comigo não seria diferente.

1 comentários:

João de Barros disse...

Por que impiedosa a vida se já te trouxe tantas amizades... Povo chato, será? Feito eu? Não! Eu sou um doce ou, no minimo, gentil. (rsrsrs)

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